terça-feira, 29 de julho de 2014

Capítulo 4

Ele me convidou pra sentar. Perguntei pela família dele, já que eu tinha ficado bem próxima deles, principalmente do Leandro, que me chamava de ‘Julieta’. Ele disse que eles tinham ido pro sítio de um tio. Lucas era a pessoa que eu me sentia mais a vontade mas, naquele momento, eu estava me sentindo estranhamente constrangida. Comemos uma parte da lasanha, em silêncio total. Quando acabamos, ele me levou pra sala, me sentou de frente pra ele. Tirou novamente meus óculos, mas dessa vez não falei nada. Ele me beijou, demoradamente. Um beijo calmo e cheio de carinho. Ao terminar, ele olhou bem nos meus olhos, e perguntou se eu queria namorar com ele. Abri o maior sorriso que eu pude, e aceitei, óbvio. Então ele começou a me beijar com mais intensidade, foi me levando pro quarto. Eu sabia o que iria acontecer. Mas eu queria. Com ele, tudo ia ser perfeito. Eu o amava, e agora tinha mais certeza!
Senti suas mãos ficarem mais urgentes. Eu correspondia a tudo, já estava totalmente entregue ao momento. Ele foi tirando minhas peças de roupa com o maior carinho e cuidado do mundo, e eu fazia o mesmo. Enfim, tive a minha primeira noite de amor! Ele foi o mais maravilhoso e carinhoso possível. Quando acordei de manhã, ele tava me olhando dormir.
- Bom dia princesa!
- Bom diaaaaaaa!
- Vem, fiz ‘café’ pra gente.
Segurou minha mão e me levou até a cozinha. Ele tinha feito sanduíches e suco de laranja. Comemos e ele disse que me levaria em casa pra eu trocar de roupa e pegar outras, que eu passaria o resto do fim de semana com ele. E assim eu fiz. No domingo fomos a uma praça, perto da casa do Lucas. Ficamos um bom tempo.



No fim da tarde, resolvemos ir embora, mas antes, ele olhou no fundo dos meus olhos e disse:
- Ju, eu te amo! Muito, muito mesmo. Nunca esquece isso. Me desculpa por qualquer coisa... Independente de qualquer coisa, eu te amo!
Ele me interrompeu quando eu ia falar algo. Disse que eu não precisava falar nada. Ele me levou pra casa, e me beijou. Mas dessa vez foi diferente... Ele demorou mais que o normal. Depois, me abraçou bem forte. Beijou minha testa demoradamente e saiu, sem dizer uma palavra.
Eu tinha muitas dúvidas, mas preferi pensar nos momentos maravilhosos que vivi com ele. Fiz planos, desenhos e muito mais coisas com ele. Olhei pro meu celular, na tela a foto que tiramos quando acordamos, a pedido dele.




Dormi em meio aos pensamentos. Acordei com o despertador me chamando pra ir a escola. Me vesti com um sorriso enorme, até meu pai estranhou. Mal sabia eu o que me esperava...



E aí, amores? Estão gostando? Espero que sim. Desculpem a demora pra postar, mas a correria tava grande. Prometo postar sempre. De já peço a licença poética pra inventar ou falar coisas a respeito do Lucas, mas precisarei fazer isso pra dar sentido a história, tá? Beeeeijos :**

Capítulo 3

“- Não faz isso, Lucas! – gritei.
- Por que? Se você soubesse o quanto fica linda sem óculos... – ele disse, ainda com cara de assustado.
- Cê ta me zoando. Não enxergo nada, vem devolve!”

...E então ele me beijou. Sem pressa. Eu tava assustada, mas só eu sei o quanto desejei aquilo. Nunca imaginei que ele um dia fosse fazer isso, a não ser nos meus sonhos. Não tive nenhuma reação a não ser retribuir aquele beijo maravilhoso. Eu tive alguns namorinhos de criança quando ia na minha avó. Fazia muito tempo que eu não beijava ninguém, óbvio. Mas eu sabia o quanto aquele tava sendo mágico. Era a primeira vez que o garoto dos meus sonhos me beijava. Ele me beijava com o maior carinho do mundo! Perdi a noção de tudo. Estava concentrada só no beijo, e no toque dele pelos meus cabelos. Não sei quanto tempo durou, ele finalizou com um selinho bem demorado. Disse que eu era linda, pediu desculpas e foi embora.
-Como assim, Julinha? – disse Layla.
-Calma, vou terminar, é loooooonga demais a história. Tem certeza que querem saber?
-Lógico, dona Ana Júlia! Queremos ouvir a história e entender tudo isso... Não deixa nenhum detalhe passar! – Carolina disse.
-Bom, passei a noite em claro... Não tinha reação. No outro dia ele não foi pra escola, fiquei muito mal. Sabia que ele tava arrependido... Queria muito chorar, mas não podia. Esperei acabar a aula, que pela primeira vez eu não prestei atenção nenhuma! Fui pra casa, fiz o almoço. A comida favorita dele. A campainha tocou, fui atender...

Quando abri, era ele. Chegou com aquele sorriso lindo, me abraçou. Não falou nada sobre o beijo, menos mal. Comemos e ele me chamou pra ir na casa dele, ele tinha ganhado um videogame e disse que ia me ensinar. Chegando lá, ele me apresentou Karina, Paulinho e Leandro, seus pais e irmão. Me receberam super bem e conversavam como se já me conhecessem, porque conheciam meus pais, e tinham me visto pequena ainda. Foi uma tarde maravilhosa. Ele me levou em casa, e pra minha surpresa, me beijou de novo. Mas dessa vez não falamos nada. Passamos a ficar cada vez mais próximos, e todo dia ele almoçava comigo e íamos jogar videogame. Os beijos ficaram cada vez mais freqüentes.

E assim se passaram dois meses, todos os dias ficávamos, mas não falávamos nada. Na escola a gente se afastava, como se fosse pra ninguém perceber. Eu não queria que ninguém soubesse. Era 10 de maio de 2008. Ele disse pra eu me arrumar, que a noite tinha uma surpresa, ele passava na minha casa. Eu não sabia me arrumar direito, fiz o melhor que pude.




Ele me pegou no horário combinado e me levou na casa dele. Chegando lá, tinha uma mesa linda de jantar, com velas e o meu prato preferido: lasanha de carne.