terça-feira, 2 de setembro de 2014

Capítulo 8

Muitas pessoas da escola, já que a nossa era uma das melhores. As pessoas comentavam, fizeram cara de surpresa, mas eu nem liguei. Meu pai tinha conseguido entrada VIP pra gente, então subimos pro camarote. Ao chegarmos lá, a primeira cara que vimos foi a do Eduardo e seus amiguinhos. Ele virou a cabeça quase igual a menina do filme exorcista, me olhou dos pés a cabeça, sorriu e veio em minha direção:

- Cara, não é que o Lucão tinha razão mesmo? Tá gata pra caralho! Onde cê escondia tudo isso, Ana Júlia? – perguntou me fazendo dar uma ‘voltinha’ e com um sorriso malicioso.
- Não fala no nome desse idiota!
- Desculpa – levantou as mãos em sinal de rendição. – Realmente, acho que a gente tem coisa melhor pra falar... – e me deu um abraço, cheirando meu pescoço.
- Jujuba, vamo dar uma volta porque a gente acabou de chegar e eu to com sede! – Gabi salvou minha pátria me puxando dali. Eduardo continuou olhando com malícia.

Fomos até o bar buscar alguns drinks, demos uma volta na pista (onde eu passava todos me olhavam surpresos) e encontramos alguns amigos da Gabi, que eram conhecidos da escola. Eles eram muito divertidos e ficamos dançando um pouco, conversando apesar da música alta, e eu fiquei me perguntando o porquê de ter deixado de viver tanta coisa na minha vida. O show principal ia começar, então subimos pro camarote pra ver melhor o show da dupla sertaneja. Na hora que cheguei tomei um susto. Ele tava lá, liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo com a turminha do Edu, tinham umas meninas e quase caí quando vi que ele tava de mãos dadas com uma garota... Gabi percebeu e foi me puxando pra grade, pra que ele não me visse... Mas foi em vão. Ele viu e automaticamente soltou a mão da garota. Piscou um milhão de vezes como se quisesse ter certeza era eu. Cruzei meu olhar com o dele, olhei pra ele e pra garota. Ele baixou a cabeça como se tivesse entendido o recado. Me virei pro palco mas não conseguia prestar atenção. Até que começou uma música mais animada, e senti alguém me tocar, me fazendo virar pra trás...
Era Eduardo. Tava com um sorriso malicioso e irresistivelmente lindo. Pegou minha mão e deu uma piscadinha, me convidando pra dançar. Percebi que Lucas me encarava com raiva. Resolvi dançar com o Eduardo, se ele já tava com outra, por que não me divertir? Ele não merecia nenhuma lágrima que eu derramasse. Além de ter sido um idiota, ele provou que realmente não gostava de mim.
Continuei dançando com Eduardo e engatamos um papo bem legal, quebrando toda a imagem que eu tinha dele de ser um babaca. Tava tudo indo maravilhosamente bem, até eu ver Lucas beijando e quase comendo a tal garota ali mesmo. Meus olhos encheram de lágrimas, mas eu não podia chorar. Eduardo percebeu e virou pra trás, pra ver o que era.

- Vem, eu te levo pra casa. Não vou deixar você chorar aqui.

Me surpreendi com a atitude dele, e deixei ele me levar sem questionar. Fiz gesto pra Gabi, e ela entendeu. Ela tava com um dos amigos dela, e acho que tava rolando algo a mais.
Fui o caminho inteiro chorando silenciosamente, Eduardo me olhava, mas não dizia uma palavra. E eu preferi assim.

Assim que ele parou o carro na porta da minha casa, ele desceu e abriu a porta pra mim. Mais uma vez fiquei surpresa com seu gesto. Ele me abraçou, pediu pra que eu não ficasse assim. Pediu desculpas pela aposta, disse que tinha sido um idiota e que a culpa era dele. E disse que o Lucas realmente gostava de mim, mas a culpa de tudo era dele, que era um babaca, que nunca tinha percebido o que poderia causar. Um carro passou por nós e eu poderia jurar que tinha visto Leandro olhando pra gente, com alguém que não consegui identificar. Mas não dei muita importância...

E aí amores, gostaram? Hoje a noite posto mais dois. Desculpem a demora, mas vida de professora é aquela correria! Rs Beeeeijos :*