Muitas
pessoas da escola, já que a nossa era uma das melhores. As pessoas comentavam,
fizeram cara de surpresa, mas eu nem liguei. Meu pai tinha conseguido entrada
VIP pra gente, então subimos pro camarote. Ao chegarmos lá, a primeira cara que
vimos foi a do Eduardo e seus amiguinhos. Ele virou a cabeça quase igual a
menina do filme exorcista, me olhou dos pés a cabeça, sorriu e veio em minha
direção:
-
Cara, não é que o Lucão tinha razão mesmo? Tá gata pra caralho! Onde cê
escondia tudo isso, Ana Júlia? – perguntou me fazendo dar uma ‘voltinha’ e com
um sorriso malicioso.
-
Não fala no nome desse idiota!
-
Desculpa – levantou as mãos em sinal de rendição. – Realmente, acho que a gente
tem coisa melhor pra falar... – e me deu um abraço, cheirando meu pescoço.
-
Jujuba, vamo dar uma volta porque a gente acabou de chegar e eu to com sede! –
Gabi salvou minha pátria me puxando dali. Eduardo continuou olhando com
malícia.
Fomos
até o bar buscar alguns drinks, demos uma volta na pista (onde eu passava todos
me olhavam surpresos) e encontramos alguns amigos da Gabi, que eram conhecidos
da escola. Eles eram muito divertidos e ficamos dançando um pouco, conversando
apesar da música alta, e eu fiquei me perguntando o porquê de ter deixado de
viver tanta coisa na minha vida. O show principal ia começar, então subimos pro
camarote pra ver melhor o show da dupla sertaneja. Na hora que cheguei tomei um
susto. Ele tava lá, liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo com a turminha do Edu, tinham umas
meninas e quase caí quando vi que ele tava de mãos dadas com uma garota... Gabi
percebeu e foi me puxando pra grade, pra que ele não me visse... Mas foi em
vão. Ele viu e automaticamente soltou a mão da garota. Piscou um milhão de
vezes como se quisesse ter certeza era eu. Cruzei meu olhar com o dele, olhei
pra ele e pra garota. Ele baixou a cabeça como se tivesse entendido o recado.
Me virei pro palco mas não conseguia prestar atenção. Até que começou uma
música mais animada, e senti alguém me tocar, me fazendo virar pra trás...
Era
Eduardo. Tava com um sorriso malicioso e irresistivelmente lindo. Pegou minha
mão e deu uma piscadinha, me convidando pra dançar. Percebi que Lucas me
encarava com raiva. Resolvi dançar com o Eduardo, se ele já tava com outra, por
que não me divertir? Ele não merecia nenhuma lágrima que eu derramasse. Além de
ter sido um idiota, ele provou que realmente não gostava de mim.
Continuei
dançando com Eduardo e engatamos um papo bem legal, quebrando toda a imagem que
eu tinha dele de ser um babaca. Tava tudo indo maravilhosamente bem, até eu ver
Lucas beijando e quase comendo a tal garota ali mesmo. Meus olhos encheram de
lágrimas, mas eu não podia chorar. Eduardo percebeu e virou pra trás, pra ver o
que era.
-
Vem, eu te levo pra casa. Não vou deixar você chorar aqui.
Me
surpreendi com a atitude dele, e deixei ele me levar sem questionar. Fiz gesto
pra Gabi, e ela entendeu. Ela tava com um dos amigos dela, e acho que tava
rolando algo a mais.
Fui
o caminho inteiro chorando silenciosamente, Eduardo me olhava, mas não dizia
uma palavra. E eu preferi assim.
Assim
que ele parou o carro na porta da minha casa, ele desceu e abriu a porta pra mim.
Mais uma vez fiquei surpresa com seu gesto. Ele me abraçou, pediu pra que eu
não ficasse assim. Pediu desculpas pela aposta, disse que tinha sido um idiota
e que a culpa era dele. E disse que o Lucas realmente gostava de mim, mas a
culpa de tudo era dele, que era um babaca, que nunca tinha percebido o que
poderia causar. Um carro passou por nós e eu poderia jurar que tinha visto Leandro
olhando pra gente, com alguém que não consegui identificar. Mas não dei muita
importância...
E aí amores, gostaram? Hoje a noite posto mais dois. Desculpem a demora, mas vida de professora é aquela correria! Rs Beeeeijos :*
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