quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Capítulo 9

Então nos despedimos e entrei em casa. Meu pai já deveria estar dormindo, então fiz um lanche, tomei um banho e deitei, ainda sem sono... Fiquei olhando de novo a nossa foto...
Eu não conseguia esquecê-lo, nem por um segundo sequer. Nem mesmo vendo ele com outra... Não dava. Era mais forte que tudo! E então chorei, muito. Lembrei de cada detalhe dele com aquela garota... Senti raiva, nojo, tristeza, mas principalmente ciúmes... Ele não poderia ter feito isso! Prometi a mim mesma que não iria mais derramar uma lágrima por ele.
~2 meses depois~
Lucas estava ficando sério com a garota da balada. Ela se chama Sthefane, é prima do Edu. Os pais se mudaram pro Norte a trabalho e ela ficou morando aqui... Tá estudando na mesma escola que a gente e eu tenho que aturar... Ela faz o 2º ano, ainda bem. Tenho ficado mais próxima do meu pai e da namorada dele também, finalmente ele estava namorando a sua secretária. Helena, eu a adorava. Era visível o sentimento deles! Vejo nela a mãe que eu perdi muito cedo, e ela me vê como a filha que não teve.
Gabi, Edu e Leandro têm me feito feliz e tô reaprendendo o que é ter amigos e vida social. Todo fim de semana saímos pra balada, cinemas, churrasco... Enfim. Hoje iríamos os quatro pra um rodeio na cidade vizinha. Edu vinha tentando ficar comigo desde aquele dia, porém eu estava resistindo... Edu ta me fazendo bem e tem horas que até esqueço do Lucas, que não fala mais com ele, e muito menos comigo, pois ele e todo mundo achava que estávamos juntos, mas eu ainda não queria. Eu tava muito afim, ele é super carinhoso, mas tenho medo de me envolver novamente. Mas aprendi a confiar nele, e aos poucos venho me pegando pensando nele.
Gabi dormiria na minha casa pra variar. Veio comigo da escola, fomos ao shopping e compramos roupas pra hoje.



Nos arrumamos e esperamos Eduardo e Leandro passarem em casa.
Ao chegarmos no show, fomos pro camarote e ficamos curtindo a festa enquanto o show principal não começava. Era show de Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone. Lucas amava e eu sabia que ele ia com a Sthefany, provavelmente no mesmo camarote. Mas nem me importei. Fui decidida a ficar com o Edu, Lucas estando ou não.
O show começou, Bruno e Marrone estavam cantando minhas músicas favoritas. Edu atendeu um telefonema e saiu por alguns minutos. Quando voltou, veio trazendo o “casal”. Me olhou como quem pedia desculpas mas eu fingi que nem liguei. Estava realmente disposta a ficar com ele e parar de sofrer por quem não merece.
Chitãozinho e Xororó começaram o show e eu estava amando... Porém vi o casal se beijando e trocando carinhos e aquilo me doía tanto! Eu que deveria estar ali! Estava com tanta raiva que senti uma tontura, mas logo passou. Leandro e Gabi estavam ficando, então eu e Edu ficamos cada vez mais grudados, dançamos juntos.



Joguei umas indiretas mas ele não percebeu... Até que eu fui mais direta:
- Edu, justo hoje você não vai me cantar?- sorri envergonhada.
- Ué, como assim? – perguntou sem entender.
- Simples: saí de casa disposta a ficar com você! – falei tudo de uma vez, e não sabia onde enfiava minha cara.
- Ah é? Então vem cá, deixa eu fazer o que eu já to querendo há muito tempo... Te dar carinho e cuidar de você!
Então finalmente ele me beijou. Eu não tinha ficado com ninguém depois do Lucas, e confesso que o beijo foi muuuuuuuuuito melhor do que eu esperava. Não sei porque demorei tanto pra provar! Edu tinha muita pegada, mas ao mesmo tempo era muito carinhoso. Encerramos o beijo, eu pude sentir seus lábios sorrindo.
- Julinha, se eu soubesse que seu beijo era tão bom assim, tinha roubado! – sorriu lindamente, um sorriso satisfeito e ao mesmo tempo safado.
- E se eu soubesse disso, não teria demorado tanto!
Nos beijamos por mais alguns minutos, até que Edu resolveu ir comprar bebida. Gabi veio me perguntar tudo o que podia, e Leandro foi onde estava o irmão. Voltou uns 5 minutos depois, dizendo que Lucas tinha acabado de pedir a garota em namoro. Perdi o meu chão. Começou a tocar “Evidências”, olhei pra ele, ele também me olhava e então nos encaramos por alguns segundos, até a Sthefany começar a agarrá-lo. Senti novamente uma tontura e então não vi mais nada.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Capítulo 8

Muitas pessoas da escola, já que a nossa era uma das melhores. As pessoas comentavam, fizeram cara de surpresa, mas eu nem liguei. Meu pai tinha conseguido entrada VIP pra gente, então subimos pro camarote. Ao chegarmos lá, a primeira cara que vimos foi a do Eduardo e seus amiguinhos. Ele virou a cabeça quase igual a menina do filme exorcista, me olhou dos pés a cabeça, sorriu e veio em minha direção:

- Cara, não é que o Lucão tinha razão mesmo? Tá gata pra caralho! Onde cê escondia tudo isso, Ana Júlia? – perguntou me fazendo dar uma ‘voltinha’ e com um sorriso malicioso.
- Não fala no nome desse idiota!
- Desculpa – levantou as mãos em sinal de rendição. – Realmente, acho que a gente tem coisa melhor pra falar... – e me deu um abraço, cheirando meu pescoço.
- Jujuba, vamo dar uma volta porque a gente acabou de chegar e eu to com sede! – Gabi salvou minha pátria me puxando dali. Eduardo continuou olhando com malícia.

Fomos até o bar buscar alguns drinks, demos uma volta na pista (onde eu passava todos me olhavam surpresos) e encontramos alguns amigos da Gabi, que eram conhecidos da escola. Eles eram muito divertidos e ficamos dançando um pouco, conversando apesar da música alta, e eu fiquei me perguntando o porquê de ter deixado de viver tanta coisa na minha vida. O show principal ia começar, então subimos pro camarote pra ver melhor o show da dupla sertaneja. Na hora que cheguei tomei um susto. Ele tava lá, liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo com a turminha do Edu, tinham umas meninas e quase caí quando vi que ele tava de mãos dadas com uma garota... Gabi percebeu e foi me puxando pra grade, pra que ele não me visse... Mas foi em vão. Ele viu e automaticamente soltou a mão da garota. Piscou um milhão de vezes como se quisesse ter certeza era eu. Cruzei meu olhar com o dele, olhei pra ele e pra garota. Ele baixou a cabeça como se tivesse entendido o recado. Me virei pro palco mas não conseguia prestar atenção. Até que começou uma música mais animada, e senti alguém me tocar, me fazendo virar pra trás...
Era Eduardo. Tava com um sorriso malicioso e irresistivelmente lindo. Pegou minha mão e deu uma piscadinha, me convidando pra dançar. Percebi que Lucas me encarava com raiva. Resolvi dançar com o Eduardo, se ele já tava com outra, por que não me divertir? Ele não merecia nenhuma lágrima que eu derramasse. Além de ter sido um idiota, ele provou que realmente não gostava de mim.
Continuei dançando com Eduardo e engatamos um papo bem legal, quebrando toda a imagem que eu tinha dele de ser um babaca. Tava tudo indo maravilhosamente bem, até eu ver Lucas beijando e quase comendo a tal garota ali mesmo. Meus olhos encheram de lágrimas, mas eu não podia chorar. Eduardo percebeu e virou pra trás, pra ver o que era.

- Vem, eu te levo pra casa. Não vou deixar você chorar aqui.

Me surpreendi com a atitude dele, e deixei ele me levar sem questionar. Fiz gesto pra Gabi, e ela entendeu. Ela tava com um dos amigos dela, e acho que tava rolando algo a mais.
Fui o caminho inteiro chorando silenciosamente, Eduardo me olhava, mas não dizia uma palavra. E eu preferi assim.

Assim que ele parou o carro na porta da minha casa, ele desceu e abriu a porta pra mim. Mais uma vez fiquei surpresa com seu gesto. Ele me abraçou, pediu pra que eu não ficasse assim. Pediu desculpas pela aposta, disse que tinha sido um idiota e que a culpa era dele. E disse que o Lucas realmente gostava de mim, mas a culpa de tudo era dele, que era um babaca, que nunca tinha percebido o que poderia causar. Um carro passou por nós e eu poderia jurar que tinha visto Leandro olhando pra gente, com alguém que não consegui identificar. Mas não dei muita importância...

E aí amores, gostaram? Hoje a noite posto mais dois. Desculpem a demora, mas vida de professora é aquela correria! Rs Beeeeijos :*

sábado, 9 de agosto de 2014

Capítulo 7

Então Leandro foi embora. Fui pro meu quarto e me permiti chorar... Chorei muito até que dormi. Sonhei que estava caindo em buraco escuro e sem chão... Acordei desesperada com a campainha tocando.
Me certifiquei que tudo tinha sido verdade... Outra lágrima quis cair mas eu não deixei. Fui ver quem era e abri a porta:

- Gabriela? – disse espantada. Gabriela era minha melhor amiga de infância, mas com meu jeito fechado eu me afastei de todos, inclusive dela. Ela sempre tentou se aproximar e eu não deixava. O máximo que fazíamos era estudar pra algumas provas. Ela sempre me convidava pros seus aniversário e eu nunca ia.
- Oi Júlia... – disse desconfiada e meio sem jeito.
- Oi Gabi... – disse dando passagem pra ela entrar.
-Julia, é o seguinte: não vou deixar você ficar desse jeito. Eu sei que o seu jeito nos distanciou, eu tentava me aproximar de longe e você nunca deixou. Mas agora que você precisa de uma amiga, eu não vou te deixar sozinha. E não adianta querer relutar, porque eu sei que você precisa de mim. E nada que você fizer ou disser, vai me fazer te deixar entregue a tristeza. – ela falou de uma vez sem meio termo.
- Gabi, eu agradeço. E dessa vez, eu não tenho nem forças pra recusar... Eu fui uma idiota me afastando de você... Eu nem mereço a sua amizade... Sou uma pessoa horrível! – disse já caindo em lágrimas de novo.
- Jujuba, vem aqui... – me abraçou. – Olha, eu sei o quanto ta doendo... Eu nunca deixei de ser sua amiga, e não vai ser agora que isso vai acontecer. Mesmo que você não quisesse, eu sempre tava por perto. Nós duas erramos em nos afastar. Mas agora estamos aqui, vamos esquecer tudo isso e eu já tenho uma solução pra amenizar tudo isso.
- Já? – perguntei espantada. – Mas como?
- Vai tomar um banho, quero te levar pra um lugar. Vamo AGORA!

Tentei relutar, mas foi em vão. Fiz o que ela pediu, fomos ao shopping, fizemos compras de roupas modernas pra mim, e ela me levou no salão pra mudar o visual, colocar lentes de contato, maquiagem, unhas... E não me deixou ver nada no espelho, só depois de pronta. Fiquei surpresa com o que eu vi!



Tava mais loira, agora sem óculos, bem maquiada e com uma roupa linda... Nem acreditei que era eu!

- Gabi, fizeram uma plástica em mim? – perguntei surpresa.
- Não Ju. Apenas te fiz enxergar o quanto você é linda, sempre foi. Só se escondia atrás da sua falta de vaidade.

Fizemos mais compras, renovei meu guarda-roupa. Gabi me dava dicas de como me vestir. Passamos a tarde com dicas de como me maquiar, me arrumar, enfim. Gabi disse pra eu criar uma rede social, pra mostrar pro Lucas que ele era um idiota, assim eu fiz... Muitas pessoas achavam que eu tinha pego fotos fake, enfim... Não liguei. Gabi disse que iríamos a inauguração de uma balada nova no fim de semana, pra mostrar pra galera o quão linda eu era, e fazer o Lucas se arrepender, já que eu disse que não queria voltar pra escola ainda. Conversei com meu pai, e passei a semana na casa da minha avó, disse que estava com muitas saudades e não queria esperar as férias... Ele deixou, eu não podia contar o motivo. Fui na terça e voltei na sexta pela manhã, já que a noite seria a tal inauguração. Falava com Gabi umas 20 vezes por dia, e em menos de uma semana, todos os anos distantes tinham desaparecido.
Gabi passou a tarde na minha casa, vimos filme, comemos besteira. Meu pai ficou feliz quando eu disse que íamos sair a noite. Enquanto todos os pais do mundo torcem pras suas filhas não saírem, o meu fica feliz! Hahaha Então deu a hora, nos arrumamos e postamos foto nas redes sociais.




Pela primeira vez na vida eu tava me sentindo bonita. Choviam comentários que não era eu, e que iriam só pra comprovar. Alguns idiotas da escola ainda me zoavam, mas minha auto estima tava muito alta pra eu me importar. Então fomos a tal balada. A noite tava só começando, e eu não fazia ideia do que viria...


Capítulo 6

Eu só podia tá ouvindo coisa. Eu ouvi aposta? Eduardo continuou:

- Gente, Lucas é corajoso mesmo, viu! Hahahaha Vamos comemorar hoje a noite naquela balada nova! Por minha conta! Hahahahaha Te vejo lá, Lucas!

Então era verdade mesmo? Lucas me olhava com cara de pena, os olhos cheios d’agua. Ele não podia ter feito isso comigo! Podia? Leandro chegou perto, e eu não conseguia mais enxergar nada. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, e eu não podia deixá-las cair. Não na frente de todo mundo. Eu não tinha reação, aquilo parecia um pesadelo...

- Ju, escuta... Lembra do que eu te disse de manhã? Olha eu... eu...
- Não fala mais uma palavra, Lucas. Eu não quero ouvir nada. NADA!
- Ju, eu nem sei o que dizer, eu juro que...
- Não chega perto, não encosta em mim! Não jura nada, porque eu não acredito em uma palavra...

Virei as costas e saí. Eu não agüentei mais... Minhas lágrimas finalmente rolaram... Só consegui ouvir Leandro dizendo pro Lucas ficar lá, que ele vinha atrás de mim. Ele conseguiu me alcançar, caminhava ao meu lado sem dizer uma palavra. Ao chegar na porta da minha casa, dei espaço pra ele entrar e fechei a porta. Aí sim, desabei. Ele me abraçou sem dizer nada. Ficamos abraçados um bom tempo. Até eu ficar mais calma.

- Você também sabia disso, Lê? – perguntei ainda soluçando um pouco.
- Ele me disse ontem a noite, quando cheguei da chácara. Me falou que tinha te pedido em namoro, que vocês tiveram um fim de semana incrível, e que estava apaixonado. E me contou que se aproximou por causa da aposta, mas que acabou se envolvendo de verdade... Eu disse pra ele te contar hoje de manhã, antes de você descobrir... Mas pelo visto o idiota não teve coragem!
- Ele tava estranho mesmo. Mas eu nunca vou perdoá-lo por essa humilhação!! Ele devia ter me contado... Eu perdoaria ele. Mas não, preferiu me deixar ser ridicularizada na frente de toda a escola... E você ainda acha que ele gosta de mim? Me poupe, Lê. Eu sei que ele é o seu irmão, mas... Se ele gosta de mim, por que não disse isso na frente de todo mundo? – voltei a chorar desesperadamente. Agora sim a ficha tinha caído. Não foi pesadelo, infelizmente.
- Eu sei que ele é meu irmão. Mas cara, ele foi um idiota! Cê não merecia isso... A gente gosta tanto de você... Minha mãe comentava que você era a nora que ela queria. Mas o burro estragou tudo!!
- Deixa pra lá. Eu que fui burra de achar que um dia algum garoto se interessaria realmente por mim! A “nerd estranha”, anti-social, sem amigos, sem vaidade, sem graça. Quem seria o louco? Desculpa Le, mas quero ficar sozinha agora...
- Tudo bem Jujuba. Fica bem. Qualquer coisa me liga, que eu venho correndo. Eu gosto muito de você, Julinha. De verdade. E não quero que você mude comigo. Se mudar, vai apanhar!

- Só você mesmo pra me fazer rir numa hora dessas! Não vou mudar com você, juro. Obrigada por tudo!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Capítulo 5

A campainha tocou e era ele. Meu sorriso cresceu ainda mais. Meu pai olhou meio que entendendo, e nos deixou a sós. Ele tava estranho e com um semblante preocupado.

- O que aconteceu, Lucas?
- Nada, Ju. – e falou algo que não consegui ouvir.
- Tudo bem. Então vamos né, já estamos atrasados. Não vou te oferecer café porque se não só chegamos amanhã. Hahaha
- Ah não, espera só mais um pouco. Vamos conversar ali na mesa, sério!
- Tá bom, Lucas. Toma só um ‘luco’ e vamos.
- Luco? HAHAHAHA Não seria suco?
- Você entendeu, vem, vamo logo.
- Não Ju, perae. Luco pode ser a mistura do meu nome com sobrenome, né? ‘Lu’ de Lucas e ‘Co’ de Correa.
- É senhor Luco, mas vamooooooooos!!
- Não Ju, agora é sério. Preciso te falar uma coisa. – agora ele tava totalmente sério.
- O que foi? Aconteceu alguma coisa né?
- Ju... Eu quero que acredite em cada palavra que eu disser...
- Fala logo!
- Então... Tudo que a gente ta vivendo, começou meio de repente, mas eu fui sincero em TUDO. Cada minuto. Independente do que aconteça, em cada beijo, no nosso fim de semana, naquela noite. Eu fui de verdade com você. E é por isso que queria te pedir desculpas, porque eu sou um idiota. Mas eu te amo! E eu preciso que acredite nisso. Você acredita?
- Claro Lucas, ou Luco? Rs Eu...
- Era só isso que eu precisava saber. Acho que já podemos ir.

Mais uma vez ele me interrompeu. Fomos pra escola, a pé mesmo, como sempre. Ele foi sério e calado o tempo inteiro. Fomos de mãos dadas, andávamos direto assim, menos na escola. Tinha muita gente na porta, parece que tinha um vazamento e tavam arrumando. Quando chegamos, todo mundo olhava... Vi gente rindo e cochichando. Tava tudo esquisito... Leandro (que eu chamava carinhosamente de Lê) comprimentou a gente, desejou felicidades e disse que não tinha pessoa melhor pro Lucas. Ri envergonhada e agradeci. Tava tudo indo bem até que surge Eduardo: o garoto mais lindo (depois do Lucas) e popular da escola. O líder de tudo.

- Parabéns Lucão, você ganhou a aposta! Hahahaha Falei de zoeira, mas você conseguiu. Você é o cara!
- Perae Dudu, vamo conversar... Olha cara, é que... Vamo ali...
- O que foi? Se arrependeu? Hahahaha Eu sabia. Mas deixa cara, você já ganhou. Olha que ninguém nunca tinha topado!

Eu não tava entendendo nada. Tinha muita gente rindo e eu tava com muita vergonha.


- Olhaeee galera!! Lucas ganhou a aposta! Conseguiu ficar com a nerd estranha! HAHAHA

terça-feira, 29 de julho de 2014

Capítulo 4

Ele me convidou pra sentar. Perguntei pela família dele, já que eu tinha ficado bem próxima deles, principalmente do Leandro, que me chamava de ‘Julieta’. Ele disse que eles tinham ido pro sítio de um tio. Lucas era a pessoa que eu me sentia mais a vontade mas, naquele momento, eu estava me sentindo estranhamente constrangida. Comemos uma parte da lasanha, em silêncio total. Quando acabamos, ele me levou pra sala, me sentou de frente pra ele. Tirou novamente meus óculos, mas dessa vez não falei nada. Ele me beijou, demoradamente. Um beijo calmo e cheio de carinho. Ao terminar, ele olhou bem nos meus olhos, e perguntou se eu queria namorar com ele. Abri o maior sorriso que eu pude, e aceitei, óbvio. Então ele começou a me beijar com mais intensidade, foi me levando pro quarto. Eu sabia o que iria acontecer. Mas eu queria. Com ele, tudo ia ser perfeito. Eu o amava, e agora tinha mais certeza!
Senti suas mãos ficarem mais urgentes. Eu correspondia a tudo, já estava totalmente entregue ao momento. Ele foi tirando minhas peças de roupa com o maior carinho e cuidado do mundo, e eu fazia o mesmo. Enfim, tive a minha primeira noite de amor! Ele foi o mais maravilhoso e carinhoso possível. Quando acordei de manhã, ele tava me olhando dormir.
- Bom dia princesa!
- Bom diaaaaaaa!
- Vem, fiz ‘café’ pra gente.
Segurou minha mão e me levou até a cozinha. Ele tinha feito sanduíches e suco de laranja. Comemos e ele disse que me levaria em casa pra eu trocar de roupa e pegar outras, que eu passaria o resto do fim de semana com ele. E assim eu fiz. No domingo fomos a uma praça, perto da casa do Lucas. Ficamos um bom tempo.



No fim da tarde, resolvemos ir embora, mas antes, ele olhou no fundo dos meus olhos e disse:
- Ju, eu te amo! Muito, muito mesmo. Nunca esquece isso. Me desculpa por qualquer coisa... Independente de qualquer coisa, eu te amo!
Ele me interrompeu quando eu ia falar algo. Disse que eu não precisava falar nada. Ele me levou pra casa, e me beijou. Mas dessa vez foi diferente... Ele demorou mais que o normal. Depois, me abraçou bem forte. Beijou minha testa demoradamente e saiu, sem dizer uma palavra.
Eu tinha muitas dúvidas, mas preferi pensar nos momentos maravilhosos que vivi com ele. Fiz planos, desenhos e muito mais coisas com ele. Olhei pro meu celular, na tela a foto que tiramos quando acordamos, a pedido dele.




Dormi em meio aos pensamentos. Acordei com o despertador me chamando pra ir a escola. Me vesti com um sorriso enorme, até meu pai estranhou. Mal sabia eu o que me esperava...



E aí, amores? Estão gostando? Espero que sim. Desculpem a demora pra postar, mas a correria tava grande. Prometo postar sempre. De já peço a licença poética pra inventar ou falar coisas a respeito do Lucas, mas precisarei fazer isso pra dar sentido a história, tá? Beeeeijos :**

Capítulo 3

“- Não faz isso, Lucas! – gritei.
- Por que? Se você soubesse o quanto fica linda sem óculos... – ele disse, ainda com cara de assustado.
- Cê ta me zoando. Não enxergo nada, vem devolve!”

...E então ele me beijou. Sem pressa. Eu tava assustada, mas só eu sei o quanto desejei aquilo. Nunca imaginei que ele um dia fosse fazer isso, a não ser nos meus sonhos. Não tive nenhuma reação a não ser retribuir aquele beijo maravilhoso. Eu tive alguns namorinhos de criança quando ia na minha avó. Fazia muito tempo que eu não beijava ninguém, óbvio. Mas eu sabia o quanto aquele tava sendo mágico. Era a primeira vez que o garoto dos meus sonhos me beijava. Ele me beijava com o maior carinho do mundo! Perdi a noção de tudo. Estava concentrada só no beijo, e no toque dele pelos meus cabelos. Não sei quanto tempo durou, ele finalizou com um selinho bem demorado. Disse que eu era linda, pediu desculpas e foi embora.
-Como assim, Julinha? – disse Layla.
-Calma, vou terminar, é loooooonga demais a história. Tem certeza que querem saber?
-Lógico, dona Ana Júlia! Queremos ouvir a história e entender tudo isso... Não deixa nenhum detalhe passar! – Carolina disse.
-Bom, passei a noite em claro... Não tinha reação. No outro dia ele não foi pra escola, fiquei muito mal. Sabia que ele tava arrependido... Queria muito chorar, mas não podia. Esperei acabar a aula, que pela primeira vez eu não prestei atenção nenhuma! Fui pra casa, fiz o almoço. A comida favorita dele. A campainha tocou, fui atender...

Quando abri, era ele. Chegou com aquele sorriso lindo, me abraçou. Não falou nada sobre o beijo, menos mal. Comemos e ele me chamou pra ir na casa dele, ele tinha ganhado um videogame e disse que ia me ensinar. Chegando lá, ele me apresentou Karina, Paulinho e Leandro, seus pais e irmão. Me receberam super bem e conversavam como se já me conhecessem, porque conheciam meus pais, e tinham me visto pequena ainda. Foi uma tarde maravilhosa. Ele me levou em casa, e pra minha surpresa, me beijou de novo. Mas dessa vez não falamos nada. Passamos a ficar cada vez mais próximos, e todo dia ele almoçava comigo e íamos jogar videogame. Os beijos ficaram cada vez mais freqüentes.

E assim se passaram dois meses, todos os dias ficávamos, mas não falávamos nada. Na escola a gente se afastava, como se fosse pra ninguém perceber. Eu não queria que ninguém soubesse. Era 10 de maio de 2008. Ele disse pra eu me arrumar, que a noite tinha uma surpresa, ele passava na minha casa. Eu não sabia me arrumar direito, fiz o melhor que pude.




Ele me pegou no horário combinado e me levou na casa dele. Chegando lá, tinha uma mesa linda de jantar, com velas e o meu prato preferido: lasanha de carne.